D. Afonso Henriques (1143-1185)
Segundo a tradição, durante as primeiras lutas pela Independência de Portugal, D. Afonso Henriques teria usado um escudo branco com uma cruz azul, a exemplo de seu pai, o Conde D. Henrique, cujas armas eram simbolizadas pela cruz em campo de prata.
D. Sancho I (1185-1211),
D. Afonso II (1211-1223),
D. Sancho II (1223-1248)
D. Afonso II (1211-1223),
D. Sancho II (1223-1248)
Nesta época, as armas reais eram representadas por cinco escudetes de azul em campo de prata, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. Cada escudete era semeado com um número elevado e indeterminado de besantes de prata. Sobre a origem e simbolismo destes escudetes existem muitas teorias: as duas mais conhecidas, os escudetes aludem às cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique ou às cinco chagas de Cristo.
D. Afonso III (1248-1279),
D. Dinis (1279-1325),
D. Afonso IV (1325-1357),
D. Pedro (1357-1367),
D. Fernando (1367-1383)
D. Dinis (1279-1325),
D. Afonso IV (1325-1357),
D. Pedro (1357-1367),
D. Fernando (1367-1383)
Com D. Afonso III as armas do reino receberam uma bordadura de vermelho, semeada com um número indeterminado de castelos de ouro, escolhida em lembrança do avô, D. Afonso III de Castela. A tendência de fixação de números, frequente em heráldica, levou a uma estabilização do número de besantes dos escudetes em cinco, dispostos dois, um, dois.
D. João I (1385-1432),
D. Duarte (1433-1438),
D. Afonso V (1438-1481)
D. Duarte (1433-1438),
D. Afonso V (1438-1481)
As armas reais, durante este período, eram de prata, com cinco escudetes de azul dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao do centro. O semeado de besantes no escudo fixou-se definitivamente no número de cinco, dispostos em aspa. É desta época que se conhecem as primeiras referências designando os escudetes por «quinas». Tinha também uma bordadura de vermelho semeado de castelos de ouro e sobre ela as pontas da cruz verde floretada da Ordem de Avis.
D. João II (1481-1495)
D. João II mandou que fossem retirados das armas reais os remares de flor-de-lis e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no escudo. A bordadura de vermelho manteve-se semeada de castelos de ouro, embora a tendência do seu número fosse de sete ou oito nas bandeiras usadas na época.
D. Manuel I (1495-1521),
D. João III (1521-1557)
D. João III (1521-1557)
No reinado de D. Manuel I, as armas reais foram fixadas em fundo branco.
D. Sebastião (1557-1578),
D. Henrique (1578-1580),
Filipe I (1580-1598),
Filipe II (1598-1621,
Filipe III (1621-1640)
D. Henrique (1578-1580),
Filipe I (1580-1598),
Filipe II (1598-1621,
Filipe III (1621-1640)
No final do reinado de D. Sebastião a coroa que figurava sobre o escudo foi substituída por uma coroa real fechada. Nas bandeiras desta época figuravam inicialmente coroas fechadas dispondo de um ou de três arcos à vista. Mais tarde passaram a ter os cinco arcos à vista, os quais se conservavam até ao fim da monarquia. O aparecimento da coroa fechada relacionava-se com o reforço de autoridade do poder real. Durante a Dinastia Filipina (que governava também a Monarquia Espanhola), o escudo português não sofreu alteração, uma vez que as armas das duas monarquias se mantiveram sempre separadas.
D. João IV (1640-1656),
D. Afonso VI (1656-1683),
D. Pedro II (1683-1706),
D. João V (1706-1750),
D. José (1750-1777),
D. Maria I (1777-1816),
D. Pedro IV (1826),
Regências (1826-1828),
D. Miguel I (1828-1834)
D. João IV (1640-1656),
D. Afonso VI (1656-1683),
D. Pedro II (1683-1706),
D. João V (1706-1750),
D. José (1750-1777),
D. Maria I (1777-1816),
D. Pedro IV (1826),
Regências (1826-1828),
D. Miguel I (1828-1834)
Na aclamação de D. João IV, a bandeira branca com o escudo nacional, encimado pela coroa real fechada com os cinco arcos em vista, constituiu o símbolo da Restauração. Embora neste período a bandeira não tenha sofrido alterações significativas, no reinado de D. João V, o escudo foi modificado com uma fantasia ao gosto da época, terminando o bordo inferior em bico de arco contracurvado e a coroa passou a conter um barrete vermelho ou púrpura.
D. João VI (1816-1826)
No reinado de D. João VI foi colocada por detrás do escudo uma esfera armilar de ouro em campo azul, simbolizando o reino do Brasil, e sobre ela figurava uma coroa real fechada. Após a morte do Rei a esfera armilar foi retirada das armas, remetendo-se o símbolo real à expressão anterior, em que algumas das versões usaram um escudo elítico, com o eixo maior na vertical.
D. Maria II (1834-1853),
Regência (1853-1855),
D. Pedro V (1855-1861),
D. Luís (1861-1889),
D. Carlos (1889-1908),
D. Manuel II (1908-1910)
Regência (1853-1855),
D. Pedro V (1855-1861),
D. Luís (1861-1889),
D. Carlos (1889-1908),
D. Manuel II (1908-1910)
O decreto da Regência em nome de D. Maria II, de 18 de outubro de 1830, determinou que a Bandeira Nacional passasse a ser bipartida verticalmente em branco e azul, ficando o azul junto da haste e as Armas Reais colocadas no centro, assentando metade sobre cada uma das cores.
Regime Republicano (desde 1910)
Após a instauração do regime republicano, a Bandeira Nacional passou a ser bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do lado da tralha. Ao centro, e sobreposto à união das cores, tem o escudo das armas nacionais, orlado de branco e assentado sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro.
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