É uma das dúvidas – e confusões – mais frequentes no português
corrente.
«Nenhuma vida é demais» ou «Nenhuma vida é de mais»?
Defendo que deverá escrever-se «Nenhuma vida é de mais». Quando se pretende exprimir a noção de quantidade, deve utilizar-se a locução adverbial de mais. No caso, pretende dizer-se que «não existe nenhuma vida a mais» («de sobra», «além do devido ou necessário»).
Demais, uma só palavra, pode ser um pronome ou um
determinante demonstrativo, equivalente a «outros», «outras»,
«restantes». Exemplos: «Foram visitar a igreja só três excursionistas;
os demais ficaram a apanhar sol no jardim.» «Toda a gente já ouviu falar
de Miguel Torga, de Fernando Pessoa, de Luís de Camões e dos demais
escritores referidos naquele programa de televisão.»
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