domingo, 2 de outubro de 2022

"Fazer tábua rasa"

Significa esquecer completamente um assunto, recomeçando em novas bases. No latim, a "tabula rasa" correspondia a uma tábua de cera, onde nada estava escrito. 

A expressão foi tirada pelos empiristas de Aristóteles para designar o estado de espírito de alguém antes de ter qualquer tipo de experiência. 

Assim, fazer tábua rasa significaria voltar a um estado antes das experiências.

sábado, 1 de outubro de 2022

"Quem semeia vento, colhe tempestades"

A frase é dita quando alguém está passando por uma situação difícil em consequência de suas ações.

Assim, ela transmite a ideia de que quando uma pessoa tem atitudes ruins, provavelmente ela terá que arcar com as complicações decorrentes de tais atos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

"Lágrimas de crocodilo"

Significa “choro fingido” e deriva do facto de o crocodilo, quando ingere o alimento, fazer uma forte pressão contra o céu da boca, comprimindo assim as glândulas lacrimais. 

Portanto, os crocodilos “choram” enquanto devoram as vítimas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

"Rés-vés Campo de Ourique"

Significa “ficar muito perto de alcançar algo” e está relacionada com o terramoto de 1755, que assolou Lisboa e destruiu a cidade até à zona de Campo de Ourique, que ficou intacta. 

A partir daí, a expressão foi-se popularizando.


quarta-feira, 28 de setembro de 2022

"Dar um lamiré"

Pode ser definido como um sinal para começar alguma coisa, e é a forma aglutinada da expressão “lá, mi, ré”, usada para designar o diapasão, um instrumento usado na afinação de instrumentos ou vozes. Assim, a partir deste significado, a expressão fixou-se como palavra autónoma e com significado próprio, designando qualquer sinal que dê início a uma atividade, e encontrando-se historicamente ligada à música.

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Qual o significado e origem da expressão "É a banha da cobra"?

Visa dizer que é uma aldrabice, um engano.

A banha da cobra foi um produto vendido em tempos em Portugal em feiras e mercados e prometia tratar uma panóplia de problemas de saúde, apesar de não ter nenhuma comprovação laboratorial. Ou seja os vendedores ambulantes vendiam a banha da cobra para curar todos os tipos de doença. Eram uns charlatães e aquilo não servia para nada. Mas havia muitos ingénuos que compravam.

Quando se começou a popularizar a ideia que a chamada "banha de cobra" não servia para nada, mas era altamente apregoada pelos vendedores, passou-se a usar a expressão "banha de cobra" para tudo que é altamente propagandeado, mas não tem efeito nenhum. A expressão aplica-se desde a política a produtos comerciais ou argumentos num debate.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Sabem o significado e origem da expressão "olha o passarinho"?

 

A origem da expressão popular “olha o passarinho” deu-se durante os primeiros anos após a invenção da máquina fotográfica – século XIX. 

Quando o aparelho foi inventado, era necessário que as pessoas ficassem minutos a olhar, fixamente, para a lente da câmera, devido ao tempo gasto para a fixação da imagem. 

Para reter a atenção das pessoas – geralmente crianças – os fotógrafos colocavam uma gaiola com passarinhos acima da máquina e diziam constantemente a famosa frase. Daí a expressão: “Olha o passarinho”, ou seja, atenção na captura da foto.

domingo, 25 de setembro de 2022

Qual o significado e origem da expressão "Pagar o Pato"?

A origem da expressão popular “pagar o pato” deu-se por um antigo jogo, realizado nas cidades portuguesas. 

O jogo consistia em amarrar uma ave – geralmente um pato – num mastro, a qual deveria ser retirada do objeto – pelos jogadores – numa única tentativa. Os jogadores cavalgavam em direção ao mastro e, com um instrumento, tentavam cortar o que quer que amarrava a ave. 

O indivíduo que não alcançasse o objetivo, deveria pagar – monetariamente – pelo animal sacrificado. 

Daí a expressão: “Pagar o pato”, ou seja, pagar por aquilo que não deve; assumir responsabilidade por ações realizadas por um grupo.


sábado, 24 de setembro de 2022

"A Cavalo dado não se olha o dente"

Essa sabedoria popular diz respeito à reação que se deve ter quando se ganha um presente. 

O provérbio orienta a não desdenhar ou falar mal de algo que se recebeu - ainda que o presenteado não goste muito da oferta.

A expressão está relacionada a dentição dos cavalos, pois é possível reconhecer os animais novos (e mais “úteis”) a partir da observação da arcada dentária.

Entretanto, se o animal é um presente, não se deve olhar os dentes, pois constrangeria a pessoa que fez a doação.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

"Gato escaldado tem medo de água fria"

O ditado acima tem muito a ver com memória e com cuidar de si próprio. Quem se magoa com algo passa a temer qualquer sinal daquilo que o magoou, trata-se de um gesto saudável e instintivo de autoproteção.

A imagem do gato é usada como metáfora, pois se sabe que o felino, em geral, tem pavor de água.

Dessa forma, aqueles que já sofreram com o contato com a água quente (gato escaldado), fogem rápido de qualquer contato com a água novamente (mesmo se estiver fria).

domingo, 4 de setembro de 2022

Cobras de Portugal

 Ainda não vos contei mas agora ando mais voltada para a agricultura.

E quando andamos no mato temos que ter cuidado com?

COBRAS!!

Encontrei um documento muito interessante, que decidi partilhar!




segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Infelizmente ou Infelismente?

A forma correta de escrita da palavra é infelizmente, com z. A palavra infelismente, com s, está errada. Devemos utilizar o advérbio infelizmente sempre que quisermos referir alguma coisa que foi feita com infelicidade ou algo que ocorreu de forma infeliz.

Exemplos de infelizmente:

"Infelizmente estamos todos sujeitos às vicissitudes da vida."

"O presidente, infelizmente, não cumpriu suas promessas eleitorais."

"Infelizmente, minha filha é um poço de insegurança."

"Você tentou mas, infelizmente, não deu certo."

Infelizmente é sinônimo de lamentavelmente, desgraçadamente, miseravelmente e tristemente.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Sabem qual o significado e a origem da expressão "Pensas que eu sou da Lourinhã"?


É uma expressão muito conhecida nacionalmente, que significa: “Julgas que eu sou estúpido?” ou “Julgas que eu sou parvo?”, mas a maioria desconhece a sua origem.

Na década de 1930, Dona Amélia de Perdigão tinha na sua quinta um corpulento cão de raça que metia respeito e mantinha à distância quem ousasse aproximar-se do palacete.

Um dia o animal desapareceu da Quinta do Perdigão, e a partir daí, deu muito que falar na região, devido ás muitas histórias que, sobre ele foram inventadas.

Uns chamavam LOBA, outros, raposa e que esta devorava animais com as suas garras, dizimava rebanhos, coelhos, galinhas, matava vitelos, e havia quem dissesse que chegou a matar um burro!

Formaram-se grupos populares armados com paus, forquilhas e caçadeiras, com o intuito de abater a loba. Chegou-se mesmo a pensar em evacuar a Vila, tal era o pânico da população.

Quando finalmente o animal foi abatido, verificou tratar-se apenas de uma cadela.

Daí surgir a expressão: “pensas que eu sou da Lourinhã?”, devido a este infeliz acidente.

Nova categoria: Ditados e expressões populares


Os ditados populares, também chamados de provérbios, atravessam gerações e passam por nós todos os dias durante anos a fio. 

São expressões que muitas vezes repetimos sem sequer percebermos aquilo que significam.

Essas pequenas frases fazem parte da tradição oral da sabedoria popular e sintetizam ideias sobre a convivência em sociedade, trazendo muitas vezes conselhos valiosos a respeito das relações humanas.

Surge aqui um novo espaço: Ditados e expressões Populares Portuguesas!